Programa de Alimentação Escolar da Prefeitura de Brusque atende alunos presenciais e remotos

Em 2021, cardápio conta com incremento de alimentos mais saudáveis, como achocolatado 50% cacau, manteiga e melado de cana

BRUSQUE

  25 de março de 2021


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Programa de Alimentação Escolar da Prefeitura de Brusque atende alunos presenciais e remotos

Com o ano letivo em andamento, além das questões pedagógicas, a Prefeitura de Brusque, por meio da Secretaria de Educação, oferece aos alunos o Programa de Alimentação Escolar. Este ano, já foram investidos mais de R$ 830 mil em alimentos para os estudantes das 61 unidades da rede municipal, sendo R$ 650 mil para quem frequenta as aulas presenciais e R$ 178 mil para montagem dos kits, entregues às famílias que optaram pelo ensino remoto, em função da pandemia.

O aluno que fica 100% em aula remota tem direito a um kit alimentação por mês, no valor de R$ 65. No mês de fevereiro foram entregues 2.750 kits. Cada um é composto por alimentos não perecíveis e um quilo de frango. A entrega é feita nas escolas, na quantidade informada pela direção, conforme número de famílias que requereram o benefício.

“Nós obedecemos a Resolução do Governo Federal, onde há a transferência de recursos financeiros e uma contrapartida da Prefeitura. Os cardápios são feitos por meio desta resolução, sendo cinco tipos diferentes: para o ensino fundamental, educação infantil de período parcial, educação infantil de período integral e dois para o berçário – já que esta faixa etária está em transição de alguns tipos de alimentação”, detalha a diretora de Gestão da Secretaria de Educação, nutricionista Izabela Albani.

De acordo com ela, os cardápios precisam obedecer a faixa etária dos alunos e o tempo de permanência deles na unidade escolar. Sendo que se o estudante frequenta período parcial, é necessário atender 30% das necessidades nutricionais diárias. Já aos alunos que ficam em período integral, cabe à escola atender 70% desta necessidade.

Incrementos em 2021

As nutricionistas da Secretaria de Educação estão sempre atentas à qualidade dos alimentos ofertados aos estudantes, bem como às possibilidades de substituição por itens mais saudáveis. Para o ano letivo de 2021, foi incluída a manteiga, que é mais saudável em comparação a margarina e o achocolatado 50% cacau, para reduzir o teor de açúcar. Também foi inserido o melado de cana, que é um doce natural.

Outro incremento foi a linguicinha, para a preparação de cachorro-quente, em substituição a salsicha que havia sido retirada do cardápio há alguns anos.

“Estamos vendo uma transição nutricional nas nossas crianças. Temos alguns índices de obesidade e sobrepeso. Estamos observando isso e mudando o descritivo dos nossos alimentos”, frisa.

Formação continuada

Para que os alimentos cheguem aos estudantes com qualidade e de acordo com o planejamento realizado pelas nutricionistas, a Secretaria de Educação investe em formação continuada para as merendeiras e serventes. No início de 2020, foram realizados quatro encontros presenciais. Já durante o ano, em função da pandemia, foram oferecidas duas formações on-line – uma delas sobre as questões sanitárias que devem ser observadas na preparação e oferta dos alimentos.

“Não podemos esquecer que quando preparamos uma receita na escola temos que ter todos os cuidados com a questão de higiene, muito mais agora por conta da pandemia, que temos maneiras diferentes de servir e conduzir”, explica a chefe de Alimentação e Nutrição, Stela M. Maccarini Fischer.

No Centro de Educação Infantil Noêmia Fialho, as merendeiras Jaci de Lima (64) e Rose Oliveira de Mendonça (37) adoram servir as crianças e ver a alegria delas durante os lanches. Para facilitar a rotina na cozinha, o cardápio montado pelas nutricionistas fica exposto em um mural.

“Os produtos que recebemos são muito bons. Assim podemos preparar a merenda com toda a qualidade. Hoje é dia de polenta!”, contam.

Hortas escolares

A maioria das unidades da rede também investe em hortas escolares. O objetivo principal é mostrar para os alunos a importância de ter uma alimentação natural. “Em algumas escolas, onde o espaço é maior, as folhas como couve, alface e rúcula podem ser produzidas, como também os temperos (salsinha e cebola). “Com esses produtos também é possível incrementar algumas preparações”, explica Stela.

“É um trabalho muito bacana que temos desenvolvido na maioria das escolas. Algumas já tem hidroponia, que é o cultivo através da água. Outras têm peixes e hortaliças, que seria a aquaponia e algumas plantam verduras e chás em garrafas pet”, completa.

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