Em parceria com o Dpcami, Secretaria de Assistência Social realiza roda de conversa com mulheres com direitos violados

Evento foi realizado na sede do Creas e contou com a participação da delegada responsável pelo Dpcami, Flávia Gonçalves Cordeiro

BRUSQUE

  29 de agosto de 2019


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Em parceria com o Dpcami, Secretaria de Assistência Social realiza roda de conversa com mulheres com direitos violados

O Centro de Referência em Assistência Social (Creas), em parceria com a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) realizou, na tarde de quarta-feira (28), uma roda de conversa com mulheres com os direitos violados em Brusque.

O evento, realizado na sede do Creas, contou com a participação da delegada responsável pelo Dpcami, Flávia Gonçalves Cordeiro, que destaca a importância da iniciativa.

“Essa ação partiu de um convite do Creas que nos chamou para conversar com essas mulheres. Uma oportunidade de tirarmos dúvidas sobre a parte criminal e de processos, além de ressaltar os direitos que elas têm com a Lei Maria da Penha, e falar sobre todo fluxo de atendimento que é feito pelo Dpcami”, explica.

A delegada ressalta que a violência contra a mulher se tornou um fenômeno social de grande visibilidade, fruto de maior acessibilidade à informação e apoio de divulgação da mídia, o que faz com que as mulheres atualmente se encorajem procurando mais às delegacias. “Por isso se tem visto um número maior de registros, porque as mulheres estão tendo esse empoderamento e tido informações, com apoio dos veículos de comunicação, dos seus direitos violados, como combater e quem procurar”.

Em Brusque, a delegada ressalta que os principais casos identificados são de crimes contra a honra, ameaça e também as vias de fato, com a lesão corporal. Flávia destaca, no entanto, que a realidade expõe situações bem mais abrangentes. “A gente sabe que existe uma cifra negra que nem todas as mulheres procuram a delegacia e que os números que temos atualmente não são números reais. Infelizmente, a maioria não procura a delegacia ou uma rede de apoio, falta um pouco de orientação para esse encaminhamento. Por isso é importante que todos trabalhem em conjunto para que, por exemplo, quando uma mulher que tenha o direito violado procure um hospital, ela também já seja orientada a ir a uma delegacia fazer o registro”, explica.

Creas torna-se parceiro essencial

A rede de apoio é composta por núcleos de atendimentos que muitas vezes têm o primeiro contato com as mulheres que têm o direito violado, como, por exemplo, por meio de atendimentos realizados na Secretaria de Saúde, através de hospitais ou nas UBS. O atendimento também muitas vezes é feito pela Secretaria de Assistência Social e Habitação, por meio do Creas, que é responsável pelo atendimento e fortalecimento de vínculos entre as famílias, resguardando os direitos de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Conforme explica o secretário de Assistência Social e Habitação, Deivis Junior, esse é um trabalho muito importante, na medida em que o Creas atua com psicólogas a assistentes sociais que, além do primeiro atendimento, muitas vezes acompanham diretamente mulheres que tenham os direitos violados à delegacia. “O Creas é uma mão amiga, com profissionais capacitados para esse tipo de atendimento”, diz ele. “O objetivo é realizar essa aproximação no trabalho com essas mulheres que, por algum motivo, tenham algum direito violado, às vezes com situação de abuso físico ou qualquer outra situação dentro de casa e não sabem como proceder”, destaca.

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