Dia D Eco Ponto nesta quinta-feira oportuniza descarte correto de resíduos

Ação se destina a receber lixo eletrônico, pneus, lâmpadas, pilhas, baterias e até esponjas

BRUSQUE

  8 de agosto de 2022


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Dia D Eco Ponto nesta quinta-feira oportuniza descarte correto de resíduos

Recolher pilhas, baterias, eletroeletrônicos, pneus e lâmpadas e esponjas, para que tenham destinação ambientalmente correta, pois este tipo de material não pode ser descartado em lixo comum. Este é o objetivo do Dia D Eco Ponto. A segunda edição do evento neste ano ocorre nesta quinta-feira (11), no Sesc. A ação, existente desde 2015, é uma parceria entre a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) e Fundação de Meio Ambiente de Brusque (Fundema), por meio do Núcleo de Gestão Ambiental da ACIBr, e o Serviço Social do Comércio (Sesc).

De acordo com a responsável pela área de Educação Ambiental da Fundema, Viviane Michele Lemes, com base nas edições anteriores da atividade, a maior parte do que é coletado vem de pessoas físicas. “Muitas vezes, elas têm este material em casa e o Dia D se torna a oportunidade de descartar de forma mais segura e adequada os itens”, esclarece.

Por isso, das 09h às 11h e das 14h às 16h, no Sesc, as pessoas podem levar seus resíduos, que a Fundema e o Núcleo de Gestão Ambiental da ACIBr se encarregam de enviar para descarte correto, colaborando, assim, com o movimento local que integra a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Exemplos

A técnica da Fundema lembra que o descarte incorreto de pilhas e baterias pode resultar em diversas complicações, desde contaminação do solo e da água até doenças, mesmo se forem destinadas em aterros sanitários as pilhas e baterias causam danos ambientais significativos.

O lixo eletrônico (computadores, impressoras, scanners, telefones celulares), possui metais pesados em sua composição. Elementos como mercúrio, cádmio e chumbo podem causar diversos impactos ambientais e para a saúde humana se o descarte de equipamentos eletrônicos for feito de forma incorreta.

Pneus demoram, em média, 600 anos para se decompor na natureza e podem, inclusive, se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. Por isso, dar a destinação certa para pneus inutilizáveis evita danos ao meio ambiente e à saúde pública.

As lâmpadas são compostas basicamente por materiais recicláveis como vidro, plástico e metais, as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio metálico (Hg) e devem ser descartadas em local adequado. Após passar por processo de descontaminação, seus componentes podem ser reciclados normalmente.

A esponja de lavar louça comum é feita por uma mistura de plásticos, dentre eles o poliuretano, o que faz com que sua reciclagem seja muito difícil e pouco viável economicamente. Isso a torna uma verdadeira inimiga do meio ambiente. Na reciclagem, as esponjas descartadas são transformadas em nova matéria-prima, utilizada para a produção de outros objetos como bancos, lixeiras e outros.

A lei de resíduos sólidos brasileira estabelece que esses materiais não podem ser descartados em aterros e lixões. Os fabricantes são os responsáveis por dar o destino correto aos materiais que produzem. Mas a real destinação correta depende da participação da população, pois o destino correto de resíduos é responsabilidade de todos.

Metas dos ODS

Dentro da agenda de compromissos das nações do mundo para a preservação do meio ambiente, a ação se encaixa no ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis, que visa reduzir significativamente a liberação de poluentes para o ar, água e solo, para minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso, e conscientizar as pessoas sobre o desenvolvimento sustentável.

E também o ODS 11 – Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, que prevê para até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros.

Viviane Lemes ainda explica que o descarte correto dos itens impede que esse tipo de material siga para aterros sanitários. “Esses resíduos ainda possuem algum valor econômico que pode ser aproveitado por outras indústrias através da reciclagem. Além disso, é preciso que haja uma mudança de hábitos na sociedade. Afinal, o resíduo é gerado no momento do consumo, ou seja, o consumidor tem em suas mãos o poder de decidir se quer poluir ou reciclar”, completa a representante da Fundema.

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