Crianças atendidas pelo CAPS comemoram o Dia da Infância no cinema

Sessão exclusiva do filme “O Poderoso Chefinho” foi exibida aos pequenos

BRUSQUE

  24 de agosto de 2021


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Crianças atendidas pelo CAPS comemoram o Dia da Infância no cinema

Para marcar o Dia da Infância, celebrado em todo o país nesta terça-feira, 24 de agosto, a Secretaria de Saúde de Brusque, promoveu uma ação com as crianças em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Elas foram contempladas com uma sessão de cinema exclusiva, às 09 horas, no Cine Gracher, para momentos de descontração, integração e ressocialização, como parte de seu tratamento de saúde. E para esse momento especial, os pequenos assistiram ao filme “O Poderoso Chefinho”.

O Dia da Infância é uma data nacional criada para gerar reflexão sobre as condições sociais, promoção e educação das nossas crianças. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos das Crianças, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), na convenção de Genebra, em 1959, toda criança tem direito à educação, saúde, lazer, alimentação e ambiente familiar e de sociedade. Também devem ser protegidos da discriminação, exploração, violência e negligência.

Dados do documento Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que cerca de 40 milhões de crianças em todo o mundo estão sem acesso aos direitos fundamentais, especialmente na primeira infância. Em 54 países de baixa e média renda, cerca de 40% das crianças com idade entre três e cinco anos não estão recebendo o estímulo sócio emocional necessário para esse período.

A falta de acesso, que vai desde a falta de uma alimentação adequada até atividades que estimulem o protagonismo e o desenvolvimento, são fatores que contribuem para esses números.

Segundo a coordenadora do Centro Integrado de Atenção Psicossocial (CIAPS) de Brusque, Inajá Gonçalves de Araújo, a pandemia do novo coronavírus trouxe ainda mais estresse para os pequenos. “Todos eles se depararam com hipóteses de sofrimento: não poder ir à escola, não encontrar os amigos e parentes, limitação de ir e vir, viagens canceladas, ausência de brincadeiras ao ar livre e o medo de ficar doente ou ver alguma pessoa querida sofrer com a doença”, explica.

Para ela, o isolamento social obrigou famílias a conviverem diariamente e passarem ainda mais tempo juntas. Isso trouxe consequências para aquelas que já não se comunicavam bem. Crianças que antes sofriam de algum tipo de transtorno pioraram com a situação.

“Diante dessas situações, muitas crianças adoeceram com problemas psicológicos, emocionais e comportamentais em alguma fase da vida. O que é grave porque a infância e a adolescência são períodos cruciais para que desenvolvam uma boa saúde mental”, reforça Inajá Araújo.

A Coordenadora do CIAPS explica que, crianças e jovens com condições de saúde mental, quando não tratados, podem perder momentos preciosos de suas vidas. As crianças que sofrem as dificuldades de um transtorno mental, por exemplo, podem deixar a escola precocemente e, em consequência disso, não ter nenhum futuro dificuldades para se relacionar ou conseguir um emprego. Por isso, a atenção plena à saúde da mente na infância e adolescência faz muita diferença na vida adulta.

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