Coletiva apresenta balanço do enfrentamento à Covid-19 em Brusque

Secretário e equipe técnica apresentam números, destacam a transparência na gestão e focam os esforços na vacinação da comunidade

BRUSQUE

  8 de junho de 2021


Ouça o texto
Coletiva apresenta balanço do enfrentamento à Covid-19 em Brusque

Toda a realidade do amplo trabalho de enfrentamento à pandemia do coronavírus desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Brusque foi apresentada à imprensa, durante entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (08). Com transparência, o Secretário Dr. Osvaldo Quirino de Souza e a equipe técnica da pasta fizeram um completo demonstrativo e análise sobre o tema, abordando questões como os atendimentos, casos, mortalidade e a importância da vacinação da comunidade para que a situação seja superada, o que deve ocorrer, segundo o infectologista Dr. Ricardo Alexandre Freitas, quando 70% da população estiver vacinada, com as duas doses do imunizante.

O Secretário de Saúde abriu os trabalhos apresentando os números expressivos do Centro de Triagem de Sintomáticos Respiratórios do município, em funcionamento ininterrupto desde 21 de março de 2020.

Desde então, as consultas médicas somam 193.552, o que supera amplamente o total da população da cidade, estimado no momento em cerca de 140 mil pessoas. Já os itens dispensados no CT desde o começo das ações é de 1.821.855, entre comprimidos, xaropes, injeções e outros medicamentos.

Apenas na última quinta-feira (03), feriado de Corpus Christi, o CT registrou 183 atendimentos, com 181 testes antígenos aplicados e destes, 60 tiveram resultado positivo para Covid-19. No dia seguinte, foram 221 atendimentos, com 195 testes e 51 notificações positivas para a doença.

“São 13 médicos e ao todo, 62 servidores, diariamente, atuando na linha de frente do enfrentamento à Covid-19 em Brusque apenas no CT, o que gera uma manutenção mensal de R$ 500 mil para a cidade, apenas com o pagamento da folha de pessoal”, destacou o Secretário.

Dr. Osvaldo Quirino enfatizou, ainda, “além da pronta e efetiva ação do poder público nas ações de combate e prevenção ao vírus, com a montagem de estrutura, contratação de pessoal e aquisição de medicamentos e insumos, a garantia de leitos para as necessidades da população e consciência dos moradores para os cuidados preventivos garantem o conjunto de motivos que se reflete na taxa de mortalidade de 1% da covid em Brusque”.

Letalidade

Ainda falando sobre a letalidade, o médico infectologista da Secretaria Municipal de Saúde, Dr. Ricardo Alexandre Freitas, destacou que a taxa de letalidade da Covid-19 em Brusque, de 1% sobre o total de casos positivos diagnosticados, está abaixo da média do país, que está em 2,9%. Em Santa Catarina, o índice gira em torno de 1,8 a 1,9% e a região, cidades referenciais também têm índices maiores, a exemplo de Blumenau, com taxa de letalidade de 1,1% e Itajaí, com índice acima de 2,0.

Para o especialista, “a população atendida de forma adequada pela atenção básica lida melhor com a pandemia” e a realidade das condições de vida da população local e de saúde oferecida pelo poder público na cidade demonstram isso.

Sobre as variantes, o infectologista ressaltou que “o vírus é mutante, vai fazer novas variantes e elas não são espécie nova”, o que diferencia é a transmissibilidade.

Vacinas

Dr. Ricardo Freitas ainda analisou e explicou para a imprensa as especificações das vacinas ofertadas à população de Brusque e de todo o Brasil, por meio do Ministério da Saúde. A Coronavac, segundo ele, apresenta coeficiente de 80% de não ida do paciente imunizado à UTI e até 60% para não adoecer.

A AstraZeneca, por sua vez, elaborada de forma diferente e com ação diferenciada no organismo, tem índice de 75¨% de imunização. E a Pfizer, que tem a fórmula mais inovadora e que age no DNA da pessoa, traz 85% de imunização já na primeira dose.

“A estimativa é de que, ao atingirmos 70% da população imunizada, faremos o controle da pandemia”, previu o médico. O entrave para que este percentual seja atingido, é a falta de disponibilidade de vacinas, acrescentou o infectologista. “Ainda não se tem vacina suficiente”, reconheceu.

No momento, de acordo com a Diretora de Vigilância em Saúde, Ariane Fischer, a cidade tem recebido uma média de três mil doses semanais da vacina, que são distribuídas entre os Centros de Vacinação e totalmente aplicadas nos moradores dos grupos prioritários contemplados até agora.

Dr. Ricardo, Ariane e a Diretora Geral da Secretaria de Saúde, Camila Pereira, foram unânimes, ainda, em reforçar a necessidade de que os moradores tomem as duas doses do imunizante para que ele efetivamente tenha o efeito esperado e proteja o cidadão. E que a segunda dose deve ser feita do mesmo imunizante aplicado na primeira dose pois, os fabricantes dos compostos não indicam a intercambialidade de vacinas, visto que são diferentes.

“Nossa prioridade é a vacinação e quanto mais vacinas recebermos, mais moradores vamos beneficiar, com ações inclusive em finais de semana e nos drive thrus noturnos, agilizando o processo”, finalizou o secretário de Saúde, Dr. Osvaldo Quirino de Souza.

Inscreva-se na newsletter.